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  • Foto do escritorSarah

Mamãe Alergia

Em meio a quarentena começo uma videochamada com Bia Figueiredo, ou, como é conhecida nas redes, a Mamãe Alergia. Ela está amamentando Isabel, sua filha de 9 meses que possui múltiplas restrições alimentares. Nas redes Bia sempre defende o aleitamento materno, vejo seus posts e aprendo constantemente sobre resiliência e positividade. As restrições da sua dieta existem por conta da filha. Ela mudou toda a sua alimentação da noite pro dia e chegou a consumir apenas carboidratos. Hoje ela é a nossa convidada especial para inaugurar um novo tipo de conteúdo por aqui 🌈


“Dia e noite ela chorava, desde que nasceu”, compartilha comigo Bia. “No começo eu colocava ela no peito e ela se contorcia inteira. Eu pensava que era cólica, colocava bolsinha de água quente, comecei a pegar dicas para cólica, vários remedinhos naturais, mas ela não parava de chorar. Eu achava que era por ser recém nascida, lembrava que com meu primeiro filho não foi assim, mas não sabia mais o que fazer”.



“Até que um dia, quando ela estava para completar dois meses, a gente foi pra Curitiba e a Isabel teve uma crise de choro na frente da minha irmã, que é médica. Ela disse que aquilo não era normal. Foi a primeira vez que ouvi falar em APLV (alergia à proteína do leite de vaca)”.


Foi um longo caminho para descobrir todas as restrições alimentares da Isabel, alimentos sendo cortados constantemente, até que chegou o ponto da dieta ter só carboidratos e a possibilidade de insuficiência de alguns nutrientes começou a aparecer. Bia emagreceu, teve que adiar a introdução alimentar da filha, e consumiu só batata, cenoura e palmito por um tempo.


“A gente foi em muitos especialistas, até que um médico encaminhou ela para um gastro em São Paulo, e descobrimos que além da alergia alimentar ela tem hiperplasia nodular linfoide. O que significa que ela não tem, necessariamente, alergia a todos esses alimentos, mas o intestino dela é tão machucado que qualquer coisa reage. E assim a gente começou o tratamento com corticoides e a reintrodução alimentar”



Foram 2 meses até descobrir as restrições. O diagnóstico de hiperplasia veio com 6 meses e agora estão chegando aos 9 meses de dieta. Durante todo esse período Bia encontrou muita ajuda na internet. “Parece que as pessoas não acreditam, mesmo quem é da nossa família, acham que sou exagerada. Ninguém pensa que o alimento passa pelo leite materno. Encontrar o apoio na internet fez com que eu me sentisse menos sozinha. É incrível, se acontece algo com a Isabel muitas vezes comento primeiro no grupo de mães do que com minha família”. Foi pra retribuir esse apoio que Bia resolveu criar o Mamãe Alergia.


“A ideia era ajudar outras mães que estão passando pelo mesmo que eu. Compartilhar também o que aprendi no processo. Mas as vezes acho que sou mais ajudada do que ajudo. Esse ano estava em São Paulo para uma consulta da Isabel e através do perfil consegui comprar uma marmita inclusiva, levaram até onde eu estava, encontrei lojas com produtos que posso consumir e descobri muitas coisas”.



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E aí? Curtiu essa conversa com a Bia!? Não esquece de dar uma olhada no Instagram dela (@mamaealergia) e se conhecer mais algum projeto legal compartilha comigo 😘


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