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Foto do escritorSarah

Reintrodução alimentar




Ovo, trigo, leite e soja. Os principais alimentos que eu tive que retirar em todas as etapas dos tratamentos. Qualquer um que liberasse faria uma diferença enorme e foram incontáveis as vezes que eu desejei que um desses ficasse livre.

Até que aconteceu, no ano passado depois de repetir um exame, descobri que meu corpo não estava mais reagindo a ovo. Mas esses exames nem sempre são exatos, eles avaliam um único anticorpo, não significa que eu não esteja mais reagindo, posso ter desenvolvido um outro tipo de reação, são muitas variáveis... Só tinha um jeito de saber. Comendo ovo. Pedi ovos orgânicos, pesquisei a melhor técnica para fazer um ovo mexido cremoso sem leite, encomendei um bacon artesanal. Acordei cedo, quebrei os ovos. Fritei o bacon. Bati uma foto, mandei pra minha médica. E comi. Comi e fiquei nervosa pra caramba, com medo, mão tremendo. Meu Deus, e se eu voltar para o pior? Para o estado que eu estava? Se eu perder todo o avanço? Esperei. Esperei mais. Esperei uns 4 dias e no meio da semana tive uma crise, mas não sabia mais se podia ser o ovo ou outra coisa. Então resolvi tentar de novo. Porque eu precisava saber, ter certeza se era o ovo ou não. E na segunda tentativa controlei todas as variáveis e não passei mal. Eu nunca fui grande fã de ovo porque sempre odiei o cheiro e não achava que compensava. Mas poder comer algo que não se come a séculos é indescritível. Ter escolha para decidir se vai continuar comendo ou não, é libertador Esse espaço vai continuar tendo SÓ receitas SEM ovo. Mas queria compartilhar esse passo aqui porque sei que muitas pessoas precisam reintroduzir alimentos e sei que quando chegou minha vez eu tive mais medo do que felicidade. Eu acho que tá tudo bem, porque deu certo, mas podia ter dado muito errado. É um passo de cada vez sempre né

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